domingo, 4 de outubro de 2009

Palco da latinidade

Por Eduardo Humbertto
Fonte: Jornal CORREIO de Uberlândia - 05/10/2009
Coluna: Opinião do Leitor


De 13 a 20 de setembro Uberlândia foi palco do Festival Latino Americano de Teatro Ruínas Circulares, o primeiro festival internacional de caráter artístico que a cidade já viu, este veio colaborar de certo modo com sua inserção no circuito cultural que se encontra fora dos grandes centros urbanos.
A Universidade Federal de Uberlândia juntamente com o seu curso de teatro obtiveram grandes parcerias, apoios e patrocínios que foram de fundamental importância para que um evento com o porte internacional como este pudesse acontecer. Foi uma soma de esforços que resultou em indeléveis experiências teatrais, tanto para os artistas locais quanto para a comunidade em geral.
Uberlândia foi tomada por uma semana bastante agitada onde houve leituras dramáticas de textos importantes da dramaturgia latina americana, oficinas, mesas redondas e espetáculos oriundos do Equador, Argentina e Cuba, contando também com grupos de São Paulo-SP e dois locais.
Acho interessante termos a real noção do impacto que um evento como este terá no cenário artístico-cultural da cidade e região. É um passo à frente do que as mostras de teatro que acontecessem periodicamente – exemplarmente patrocinadas por este jornal - já conseguiram atingir, Uberlândia é consolidada não na sua importância política e econômica, mas dessa vez na relevância cultural, mostrando que temos um curso superior de teatro leal ao seu dever de levar o teatro sempre para o maior número de pessoas, e que há uma produção local sendo trabalhada e precisa ser mostrada, daí então, entramos na questão do déficit de espaços culturais, um festival latino americano apresentado aqui, traz subliminarmente a mensagem de que isto não pode continuar, e que mais espaços para se fazer cultura devem definitivamente sair do plano das idéias e ter como meta principal a descentralização dos espaços, espalhando para os bairros periféricos dando oportunidade a todos de exercer o seu direito à cultura (“Toda a pessoa tem direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir das artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios.” - Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1947, Artigo XXVII parágrafo 1). Reconheço que estamos em longo prazo evoluindo neste sentido.
Outro ponto merecedor de nossa reflexão é como nós uberlandenses e uberlandinos, artistas ou não, vemos e nos relacionamos com a nossa própria produção teatral, é a toa que sediamos um festival latino americano? Acho que não. Muitos desconhecem a existência do curso de teatro que há dentro da Universidade, e os alunos que lá se encontram, estão realmente abertos ao que acontece atrás dos muros que os cercam? Este festival além de nos encher os olhos com belíssimos espetáculos e grandes encontros, veio também trazer contribuições transcendentais para se entender esses questionamentos. Vejo claramente o quanto é desonesto comparar coisas que são diferentes em múltiplos motivos, por exemplo, um espetáculo de fora com um concebido aqui, é o mesmo que comparar um cacho de uva Rubi e outro de uva Itália, o que me importa é que seja uva e não a característica dela, e assim vejo o teatro, se é daqui ou de qualquer outro lugar do mundo não me importa, mas sim que seja teatro, quando me disponho a ir a um festival estou aberto e atento ao que está por vir e absorvo o melhor para a minha vida, afinal não deveria ser assim?
É lastimável e até mesmo revoltante perceber como minorias teimam em não ver o melhor de nosso teatro, mostram ter enraizado um pré-conceito tolo de que o que vem de fora é melhor, e não é uma questão de visão crítica, mas sim de uma ignorância cristalizada e desrespeito com o trabalho do outro. Quero e preciso acreditar que quem critica tão ferreamente beirando o esnobismo tanto com o artista em cena quanto com o expectador que o assiste na ocasião, pode fazer bem melhor e que também saibam lidar com pessoas que vão descreditar completamente o seu trabalho, caso contrário a minha decepção será profunda e irreparável.
Quando saio de casa para ir ao teatro, faço isso despretensiosamente, não alimento a ilusão de ver uma obra de arte perfeita, mas se o espetáculo me tocar, mexer com os meus sentimentos aos menos uma vez me transformando em um ser humano melhor – e isso acontece sempre -, já terá valido a pena ter saído de casa, e dizer não ao conforto e comodidade da TV Digital. Deixe o teatro te emocionar, envolver e transformar para melhor. Teatro é ao vivo, vá ver.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Curso de Teatro - UFU está entre os melhores do país.

A relação de Escolas de Teatro com boa qualidade de ensino do site TeatroBrasileiro.com.br é referência para listas de escolas de várias publicações e até de outros sites sobre teatro. Coordenadores e responsáveis de escolas de teatro do Brasil.

MINAS GERAIS - MG

* Palácio da Artes - Cursos Profissionalizantes e Livres - Av. Afonso Pena, 1537 - Centro - fone: (0XX31) 237-7333/ 237-7334. Belo Horizonte, MG.

* Teatro Universitário - Cursos Profissionalizantes e Livres - Rua Carangola, 300 - Funcionários - fone: (0XX31) 342-2626. Belo Horizonte, MG.

* Universidade Federal de Minas Gerais - Bacharelado em interpretação teatral, ou licenciatura - Escola de Belas Artes - Rua Paraíba, 697 - bairro de Funcionários - CEP: 30130-140 - fone: (0XX31) 269-1800 - fax: (0XX31) 269-1818. Belo Horizonte, MG.

* Universidade Federal de Ouro Preto - Licenciatura em Artes Cênicas - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura - Rua Coronel Alves, 55 - Centro - CEP: 35400-000 - fone: (0XX31) 559-1732. Ouro Preto, MG.

* Universidade Federal de Uberlândia - Licenciatura em educação artística com habilitação em artes cênicas - Centro de Ciências Humanas e Artes - Av. João Naves de Ávila, 2160 - Campus Santa Mônica - bloco A - salas 42 a 50 - Pavimento Superior - CEP: 38408-100 - fone: (0XX34) 239-4123 - fax: (0XX34) 235-2028 - DEMAC-Departamento de Música e Artes Cênicas - fone: (0XX34) 239-4117/ 239-4214. Uberlândia, MG.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

O guarda-roupa levado à cena

Por Eduardo Humbertto
Foto: Lilian Morais

Os atores Tiago Pimentel e Marly Magalhães interpretam vários personagens.

Já parou para pensar o que uma simples peça de roupa pode significar? Status, elegância, estilo, um modo de vida, uma característica pessoal, bom gosto sem contar que diz muito de nós. Mas o que para uma grande parte das pessoas não é motivo para se perder tempo nem muito dinheiro e sim estar bem consigo mesmo, já para outras tantas é sacrifício, gastos astronômicos e até mesmo questão de vida ou morte para se mostrar bem e que seu guarda roupa acompanha as últimas tendências, de um jeito ou de outro todos nós um dia já nos perguntamos: Com que roupa eu vou?

Esta indagação que nos persegue diariamente é o título do espetáculo que a Cia. de Teatro Palma trouxe aos palcos do Teatro Rondon Pacheco com recorde de público nos dias 18 e 19 do mês de julho. Com um humor apurado os atores Tiago Pimentel e Marly Magalhães sob a direção de Aryadne Amâncio, levaram à cena observações e sensações do dia-a-dia no que se refere ao modo de se vestir e como isso interfere na vida do ser humano brincando com o referencial de beleza que todos nós buscamos. Os esquetes foram escritos pelo ator Tiago Pimentel, e juntamente com a atriz Marly Magalhães desenvolveram a cena de forma exagerada permeando por momentos também de reflexões de maneira divertida e muito atual. Foram vários personagens, e claro, cada um com a sua particularidade ao se vestir e lidar com o seu guarda-roupa. A versatilidade dos atores foi um ponto a favor para o sucesso do espetáculo, principalmente por prender a atenção do expectador, e não levá-lo ao riso fácil.

O cenário traz peças de roupas em cabides pendurados e um imenso guarda-roupa no centro mais fundo do palco com quem os personagens travam uma batalha sutil no decorrer do espetáculo. Trás uma sensação de enorme variedade que é o que nos deparamos quando vamos escolher uma roupa, e o quanto às vezes fica difícil escolher um conjunto que cai bem com a ocasião.
A montagem está conectada com a sua temática até mesmo fora dos palcos, o público que compareceu com uma peça de roupa pagou meia-entrada, todo o vestuário arrecadado será entregue a uma instituição beneficente, fazendo do ato de ir ao teatro ser acompanhado de solidariedade.

Os atores são graduandos no Curso de Teatro da Universidade Federal de Uberlândia, é muito gratificante vê-los participando deste momento importante de efervescência cultural que Uberlândia está passando, atraindo um grande público e formando novos expectadores, espetáculos como este é um convite a voltar ao teatro regularmente e prestigiar a nossa produção local.

Fonte: Jornal CORREIO de Uberlândia, do dia 03/08/2009.
www.correiodeuberlandia.com.br


quinta-feira, 16 de julho de 2009

Grupo Galpão retorna ao teatro de rua.


Depois de uma votação pela internet envolvendo quatro cenas realizadas em março deste ano e dirigidas por integrantes do Grupo, o Galpão retoma suas origens de teatro de rua, com a montagem realizada a partir do texto “Till Eulenspiegel”, de Luís Alberto de Abreu.

Com um palco ao ar livre de dez metros de comprimento por sete de largura, o cenário do espetáculo “Till, a saga de um herói torto” está perfeita em harmonia com o figurino, com materiais recicláveis e objetos rústicos que remetem à Idade Média.

A saga de Till começa quando o Demônio aposta com Deus que se tirasse do homem algumas qualidades, ele cairia em perdição. Deus, aceitando o desafio, resolve trazer ao mundo a alma de Till. Vivendo em uma Alemanha miserável, povoada de personagens grotescos e espertalhões, logo de início o protagonista é abandonado em meio ao frio e à fome e descobre que a única maneira de sobreviver naquele lugar é se tornar ainda mais esperto e enganador. Assim começa uma saga cheia de presepadas e velhacarias.

Com direção de Júlio Maciel, cenário e figurinos de Márcio Medina e direção musical de Ernani Maletta, esta comédia será o quarto espetáculo com direção de integrantes do Grupo. O primeiro foi “Foi por Amor”, com direção de Antonio Edson, em 1987. Dez anos depois, já em 1997, Eduardo Moreira dirigiu “Um Molière Imaginário”. A última peça com direção interna foi “Um Trem chamado desejo”, no ano de 2000, direção de Chico Pelúcio.

Confira o vídeo de um dos ensaios abertos realizados pelo grupo para a preparação do espetáculo, no seguinte endereço:

Till, a saga de um herói torto - Cena 1
http://www.youtube.com/watch?v=8H3t0Z0DZW8

Imagem e Vídeo: Grupo Galpão.

domingo, 3 de maio de 2009

O Teatro Brasileiro veste luto por Augusto Boal.


"O Teatro do Oprimido é o teatro no sentido mais arcaico do termo. Todos os seres humanos são atores - porque atuam - e espectadores - porque observam. Somos todos 'espect-atores'."- Augusto Boal


É uma grande pena iniciar as minhas atividades aqui neste blog já com a notícia da grande perda que o Teatro Brasileiro sofreu neste fim de semana,(02/05/2009) a morte de Augusto Boal, ele sofria de leucemia e estava internado na CTI do Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. No final de março, ainda teve forças para marcar presença na conferência da UNESCO, em Paris, onde recebeu o título de Embaixador Mundial do Teatro. Seu corpo foi cremado na tarde deste domingo (03/05) no Cemitério
do Caju, no Rio.
Boal foi diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta brasileiro, uma das grandes figuras do teatro contemporâneo internacional. Fundou o Teatro do Oprimido, que alia o teatro à ação social, suas técnicas e práticas difundiram-se pelo mundo, notadamente nas três últimas décadas do século XX, sendo largamente empregadas não só por aqueles que entendem o teatro como instrumento de emancipação política mas também nas áreas de educação, saúde mental e no sistema prisional.
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HISTÓRICO

Teatro do Oprimido (TO) é um método teatral que reúne Exercícios, Jogos e Técnicas Teatrais elaboradas pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal. Os seus principais objetivos são a democratização dos meios de produção teatrais, o acesso das camadas sociais menos favorecidas e a transformação da realidade através do diálogo (tal como Paulo Freire pensou a educação) e do teatro. Ao mesmo tempo, traz toda uma nova técnica para a preparação do ator que tem grande repercussão mundial.

A sua origem remete ao Brasil das décadas de 60 e 70, mas o termo é citado textualmente pela primeira vez na obra Teatro do oprimido e outras poéticas políticas. Este livro reúne uma série de artigos publicados por Boal entre 1962 e 1973, e pela primeira vez sistematiza o corpo de idéias desse teatrólogo.

Metodologia
O Teatro do Oprimido é um método estético que sistematiza Exercícios, Jogos e Técnicas Teatrais que objetivam a desmecanização física e intelectual de seus praticantes, e a democratização do teatro.

O TO parte do princípio de que a linguagem teatral é a linguagem humana que é usada por todas as pessoas no cotidiano. Sendo assim, todos podem desenvolvê-la e fazer teatro. Desta forma, o TO cria condições práticas para que o oprimido se aproprie dos meios de produzir teatro e assim amplie suas possibilidades de expressão. Além de estabelecer uma comunicação direta, ativa e propositiva entre espectadores e atores.

Dentro do sistema proposto por Boal, o treinamento do ator segue uma série de proposições que podem ser aplicadas em conjunto ou mesmo separadamente.

Cumpre ressaltar que todas as técnicas pressupõem a criação de grupos, onde o Teatro do Oprimido terá sua aplicação.

Teatro Jornal
Consiste na escolha de uma determinada notícia, publicada no meio impresso, que é discutida pelo grupo, procurando deste modo verificar quais os pontos que eventualmente sofreram censura, quais os interesses por detrás da informação ali contida, como as pessoas descreveriam o fato, etc.

As nove técnicas que integram este exercício foram preparadas como forma de conscientização durante a ditadura militar na qual vivia o Brasil, em 1971 - ano de sua elaboração.

Teatro Imagem
Técnica onde se procura transformar em imagens cênicas aquilo que interessa ao grupo, tais como questões sociais (por exemplo: o preconceito racial), sentimentos ou condições que, passando do abstrato ou imaginário para o concreto, pela visualização da apresentação, torna-se real e, portanto, mais assimilável sua compreensão, debate, questionamento.

Teatro Invisível
Teatro invisível é uma forma de encenação na qual apenas os atores sabem que de fato há uma encenação. Aqueles que a presenciam devem considerá-la um acontecimento real, seja ele banal ou extraordinário dentro da expectativa onde ocorre, e por isso é impreciso chamá-los “espectador”, que indica o apreciador de um espetáculo que aceita a ficção como realidade sempre consciente desse jogo de faz-de-conta. Para que seja realizável, o teatro invisível ocorre geralmente em espaços públicos ou de ampla circulação, não em um edifício teatral. O “espectador” torna-se participante inconsciente da representação imprevisível. Como os atores não devem revelar a encenação mesmo após o fim da cena, os que a presenciam acabam por julgar e significar o próprio acontecimento e não a performance de sua encenação, o que nega radicalmente as categorias tradicionais do teatro e dificulta a apreciação crítica, além de impossibilitar qualquer estimativa do número de encenações desse tipo, pois várias ou nenhuma podem ocorrer diariamente conforme a interpretação dos acontecimentos.

Por exemplo, o ator pode simular um mendigo numa rua, verificando as reações dos transeuntes que, então, são levados a reagir espontânea e verdadeiramente ao questionamento que se lhe apresenta.

Teatro-Fórum
É a principal técnica do Teatro do Oprimido. Um espetáculo baseado em fatos reais, no qual personagens oprimidos e opressores entram em conflito, de forma clara e objetiva, na defesa de seus desejos e interesses. Neste confronto, o oprimido fracassa e o público é convidado a entrar em cena, substituir o Protagonista (o oprimido) e buscar alternativas para o problema encenado.

O Teatro-Fórum busca romper os rituais tradicionais do teatro que reduzem o público ao imobilismo, à passividade. A idéia é o estabelecimento de um diálogo entre palco e platéia, onde os espectadores se auto-ativariam ao entrar em cena para transformar a peça. Em função disso, Boal sugere que no Teatro do Oprimido não há espectadores, mas "espect-atores". Este diálogo é mediado por um "coringa", pessoa que atua como interlocutor entre a peça e a platéia.

Arco-Íris do Desejo
“Método Boal de Teatro e Terapia” Um conjunto de técnicas terapêuticas e teatrais, adequadas para a análise de questões interpessoais e/ou individuais.

O teatro torna-se veículo da análise em grupo dos problemas relacionais e pessoais, usado tanto para o conjunto do Teatro do Oprimido e seus propósitos como terapia em instituições para tratamento psiquiátrico.

Teatro Legislativo
No Teatro Legislativo, além das intervenções na ação dramática, os espectadores também são estimulados a escreverem propostas de leis, que visem à resolução do problema apresentado. Essas propostas são recolhidas e entregues à Célula Metabolizadora: equipe formada por um especialista no tema encenado, um assessor legislativo e um advogado com experiência na área, cuja função é fazer a "metabolização" das propostas, ou seja, analisá-las e sistematizá-las, para que sejam novamente encaminhadas à platéia para discussão e votação, ao final da apresentação, quando se instaura a Sessão de Teatro Legislativo.

Através dessa iniciativa, até o momento, já foram produzidas doze leis municipais, um decreto legislativo, uma resolução plenária, duas leis estaduais e dois projetos de lei em tramitação, na cidade e no estado do Rio de Janeiro, todas oriundas da interação de grupos populares com a população. Esses resultados demonstram a viabilidade da democratização da política através do teatro, que estimula o exercício da democracia direta e participativa.

Evolução: a Estética do Oprimido
As iniciativas de Boal e do CTO-Rio, dentro dos propósitos do Teatro do Oprimido vêm sendo ampliadas constantemente. Assim, integrando o Sistema, está sendo desenvolvida a "Estética do Oprimido". Esta tem por fundamento a certeza de que somos todos melhores do que pensamos ser, capazes de fazer mais do que realizamos, porque todo ser humano é expansivo.

A proposta é promover a expansão da vida intelectual e estética de participantes de Grupos Populares de Teatro do Oprimido, evitando que exercitem apenas a função de ator, que representa personagens no palco. Os integrantes desses grupos são estimulados, através de meios estéticos, a expandirem a capacidade de compreensão do mundo e as possibilidades de transmitirem aos demais membros de suas comunidades - bem como aos de outras - os conhecimentos adquiridos, descobertos, inventados ou re-inventados. (2007).

Para saber mais

Referências
BOAL, Augusto - Teatro do oprimido e outras poéticas políticas. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira. 2005. Edição revista; (ISBN 85-200-0265-X)
BOAL, Augusto - "Técnicas Latino-Americanas de teatro popular: uma revolução copernicana ao contrário". São Paulo: Hucitec, 1975.
BOAL, Augusto - "Stop: ces’t magique". Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980.
BOAL, Augusto - "O arco-íris do desejo: método Boal de teatro e terapia". Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1990.
BOAL, Augusto - "Teatro legislativo", Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.
BOAL, Augusto - "Jogos para atores e não-atores". Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.
BOAL, Augusto - "O teatro como arte marcial". Rio de Janeiro: Garamond, 2003.