Por Eduardo Humbertto
Foto: Lilian Morais
Os atores Tiago Pimentel e Marly Magalhães interpretam vários personagens.
Já parou para pensar o que uma simples peça de roupa pode significar? Status, elegância, estilo, um modo de vida, uma característica pessoal, bom gosto sem contar que diz muito de nós. Mas o que para uma grande parte das pessoas não é motivo para se perder tempo nem muito dinheiro e sim estar bem consigo mesmo, já para outras tantas é sacrifício, gastos astronômicos e até mesmo questão de vida ou morte para se mostrar bem e que seu guarda roupa acompanha as últimas tendências, de um jeito ou de outro todos nós um dia já nos perguntamos: Com que roupa eu vou?
Esta indagação que nos persegue diariamente é o título do espetáculo que a Cia. de Teatro Palma trouxe aos palcos do Teatro Rondon Pacheco com recorde de público nos dias 18 e 19 do mês de julho. Com um humor apurado os atores Tiago Pimentel e Marly Magalhães sob a direção de Aryadne Amâncio, levaram à cena observações e sensações do dia-a-dia no que se refere ao modo de se vestir e como isso interfere na vida do ser humano brincando com o referencial de beleza que todos nós buscamos. Os esquetes foram escritos pelo ator Tiago Pimentel, e juntamente com a atriz Marly Magalhães desenvolveram a cena de forma exagerada permeando por momentos também de reflexões de maneira divertida e muito atual. Foram vários personagens, e claro, cada um com a sua particularidade ao se vestir e lidar com o seu guarda-roupa. A versatilidade dos atores foi um ponto a favor para o sucesso do espetáculo, principalmente por prender a atenção do expectador, e não levá-lo ao riso fácil.
O cenário traz peças de roupas em cabides pendurados e um imenso guarda-roupa no centro mais fundo do palco com quem os personagens travam uma batalha sutil no decorrer do espetáculo. Trás uma sensação de enorme variedade que é o que nos deparamos quando vamos escolher uma roupa, e o quanto às vezes fica difícil escolher um conjunto que cai bem com a ocasião.
A montagem está conectada com a sua temática até mesmo fora dos palcos, o público que compareceu com uma peça de roupa pagou meia-entrada, todo o vestuário arrecadado será entregue a uma instituição beneficente, fazendo do ato de ir ao teatro ser acompanhado de solidariedade.
Os atores são graduandos no Curso de Teatro da Universidade Federal de Uberlândia, é muito gratificante vê-los participando deste momento importante de efervescência cultural que Uberlândia está passando, atraindo um grande público e formando novos expectadores, espetáculos como este é um convite a voltar ao teatro regularmente e prestigiar a nossa produção local.
Fonte: Jornal CORREIO de Uberlândia, do dia 03/08/2009.
www.correiodeuberlandia.com.br
segunda-feira, 27 de julho de 2009
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Grupo Galpão retorna ao teatro de rua.
Depois de uma votação pela internet envolvendo quatro cenas realizadas em março deste ano e dirigidas por integrantes do Grupo, o Galpão retoma suas origens de teatro de rua, com a montagem realizada a partir do texto “Till Eulenspiegel”, de Luís Alberto de Abreu.
Com um palco ao ar livre de dez metros de comprimento por sete de largura, o cenário do espetáculo “Till, a saga de um herói torto” está perfeita em harmonia com o figurino, com materiais recicláveis e objetos rústicos que remetem à Idade Média.
A saga de Till começa quando o Demônio aposta com Deus que se tirasse do homem algumas qualidades, ele cairia em perdição. Deus, aceitando o desafio, resolve trazer ao mundo a alma de Till. Vivendo em uma Alemanha miserável, povoada de personagens grotescos e espertalhões, logo de início o protagonista é abandonado em meio ao frio e à fome e descobre que a única maneira de sobreviver naquele lugar é se tornar ainda mais esperto e enganador. Assim começa uma saga cheia de presepadas e velhacarias.
Com direção de Júlio Maciel, cenário e figurinos de Márcio Medina e direção musical de Ernani Maletta, esta comédia será o quarto espetáculo com direção de integrantes do Grupo. O primeiro foi “Foi por Amor”, com direção de Antonio Edson, em 1987. Dez anos depois, já em 1997, Eduardo Moreira dirigiu “Um Molière Imaginário”. A última peça com direção interna foi “Um Trem chamado desejo”, no ano de 2000, direção de Chico Pelúcio.
Confira o vídeo de um dos ensaios abertos realizados pelo grupo para a preparação do espetáculo, no seguinte endereço:
Till, a saga de um herói torto - Cena 1
http://www.youtube.com/watch?v=8H3t0Z0DZW8
Imagem e Vídeo: Grupo Galpão.
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